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Pré-Congresso do 9º COREP: política e participação qualificada são caminhos necessários

O Pré-Congresso do 9º Congresso Regional de Psicologia de Minas Gerais, com o tema Violência de Estado, permitiu aos presentes se inteirarem da conjuntura histórica e política do momento atual de embates, no Brasil, votar os representantes da Região Central do Conselho, bem como as pautas a serem levadas ao encontro estadual.

O Professor José Luiz Quadros Magalhães alertou para o fato de que "hoje os golpes são revestidos de uma teatralidade que se inaugura com o golpe de 64. Essa teatralidade encena uma situação de normalidade, em que a mídia sistematicamente seleciona as imagens, notícias e versões; além de criar fatos aos quais a população terá acesso. A guerra hoje é midiática e econômica".

Segundo ele é possível localizar algumas fases na instalação de uma ditadura:

1)transformar o espaço da política em espaço de competição de ideias

2)transformar o adversário político em inimigo que deve ser desqualificado e rebaixado de sua condição humana (animalização do inimigo)

3) discurso de pureza da raça que se desdobra na luta entre o Bem e o Mal

4)fomentar o medo e a insegurança na população de tal modo que as soluções sejam reduzidas a uma única solução - a ditadura.

Mais uma vez, o que aparece como fundamental a todos os interessados em sustentar que a Democracia seja preservada no processo de investigações e responsabilizações em andamento no Brasil, é que a manutenção da serenidade como posição frente ao perigo ensejando o cálculo sobre as intervenções e saídas possíveis, no lugar de esvaziar o diálogo e fortalecer a polarização entre mocinhos e bandidos.

Como pauta do evento também foram eleitas dez sugestões de trabalho a serem levadas ao Congresso Regional de Psicologia pelos psicólogos e estudantes presentes.

As duas propostas do Cedeca-MG foram aprovadas. Uma abarca a função e trabalho dos psicólogos no SINASE e a outra seria a construção de frentes de trabalho nacional e regionais endereçadas ao fortalecimento do sistema democrático no Brasil.

Ainda foi realizada, ainda, uma homenagem ao Psicólogo Marcus Matraga, uma das pessoas que mais contribuiu para a construção de uma Psicologia comprometida com a transformação social e avanços políticos em Direitos Humanos no Brasil, assassinado em 04 de fevereiro de 2016 na Bahia, possivelmente como resultado de sua atuação profissional na mediação de conflitos de terra.

Uma conclusão da tarde de trabalho: o fazer político e a participação qualificada e ética são caminhos dos quais não se pode abrir mão, mais do que nunca.


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